Tema foi considerado estratégico para agenda 2030 da ONU para o desenvolvimento sustentável
Na tarde desta quinta (31/5), durante a 107ª Conferência Internacional do Trabalho, que está sendo realizada em Genebra - Suíça, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), a vice-presidente da Anamatra Noemia Porto, e a diretora de Cidadania e Direitos Humanos da entidade, Luciana Conforti, que acompanham o evento representando a Associação, foram recebidas pela Embaixadora do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), Maria Nazareth Farani Azevedo. O encontro tratou das deficiências da implementação de política de gênero no Sistema de Justiça brasileiro.
No encontro, as magistradas ressaltaram que, de acordo com pesquisa feita pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), apesar de as mulheres representarem 37,3% dos quadros da Magistratura brasileira, ainda são poucas as que ocupam cargos de direção nos Tribunais, acrescentando que tal desequilíbrio também é verificado em relação à ocupação de posições políticas de destaque.
As magistradas entregaram à Embaixadora documento contendo a tese aprovada no 19º Congresso Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Conamat), realizado em Belo Horizonte, no período de 2 a 5 de maio deste ano. A tese, aprovada pela Assembleia Geral, dispõe sobre a criação, no âmbito da Anamatra, de comissão para acompanhamento e estudo sobre a mulher magistrada e sua inserção no Sistema de Justiça; assim como, trecho da “Carta de Belo Horizonte”, sobre a defesa, por parte da Anamatra, da diversidade de gênero, com compromisso de adoção de política associativa de inclusão e participação das magistradas em fóruns e eventos.
A Embaixadora Maria Nazareth Farani Azevedo recebeu de forma bastante positiva e iniciativa, afirmando que ações dessa natureza são essenciais para a maior participação da mulher em todos os segmentos e para a diminuição da desigualdade de gênero. Segundo a Embaixadora, tal tema é compatível com os objetivos que pretende alcançar a Organização Internacional do Trabalho seja na iniciativa privada, seja no setor público.
As magistradas também entregaram à Embaixadora, na oportunidade, o livro “Reforma Trabalhista: visão, compreensão e crítica”, publicado pela entidade.
Dados - Segundo a OIT, a taxa de participação das mulheres na força global de trabalho foi de 49,4%. Além disso, o desemprego foi de 6,2% entre as mulheres e de 5,5% em relação aos homens. Ainda segundo a OIT, reduzir as desigualdades de gênero em 25% até 2025 poderia adicionar 5,8 trilhões de dólares para a economia global e aumentar as receitas fiscais.
O tema desigualdade de gênero foi considerado estratégico para agenda 2030 da ONU para o desenvolvimento sustentável (Objetivo 5 – Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas).
Clique aqui e confira a íntegra do ofício entregue à Embaixadora