
1) instituição de cursos que capacitem os membros das instituições e servidores do sistema de justiça nas temáticas de gênero e raça com suas interseccionalidades recíprocas, especialmente os de formação inicial;
2) coleta de dados sobre a representatividade das mulheres negras no sistema de justiça;
3) defesa da maior participação das mulheres nas entidades associativas;
4) defesa de bancas de concurso público com constituição paritária no gênero;
5) inclusão de, pelo menos, 1 (uma) mulher em cada comissão e/ou comitê dos Tribunais;
6) criação de fóruns permanentes de discussões sobre gênero e equidade;
7) sugestão de criação de um comitê permanente de gênero e equidade, vinculado à presidência do Tribunal, nos moldes de comitê já criado pelo TRT da 4ª Região;
8) inclusão de flexão de gênero nos documentos oficiais;
9) incentivo à aquisição de obras literárias de escritoras pelos tribunais;10) instituição de grupos de estudo acerca da implementação de teletrabalho;
11) requerimento nos respectivos órgãos para defesa da prorrogação de licença-maternidade por período equivalente ao tempo de internação de recém-nascida em hospital para tratamento de saúde e garantia da licença, inclusive ampliada, em caso de morte do bebê.
Com tais medidas iniciais, esperamos contribuir para que a sub-representação feminina deixe de ser considerada uma escolha individual e para que a igualdade seja fator de legitimação permanente e pulsante das instituições que fazem justiça.Clara Mota Pimenta
Juíza federal, coordenadora do II Seminário e da Comissão Ajufe MulheresRejane Suxberger
Juíza de Direito, coorganizadora do II Seminário* carta originada no II Seminário “Mulheres no Sistema de Justiça: Trajetórias e Desafios”, e co-assinada por todas as mulheres que participaram das oficinas realizadas no contexto do II Seminário